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Educadora e Professora graduada em História,Espec.em L.P.e Literaturas, Espec. História e Cultura Afrobrasileiras. Atuante nas áreas urbana e rural como professora do ensino fundamental maior e ensino médio.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

"O dia em que saí de casa
minha mãe me disse:
Filho vem cá!
Passou a mão em meus cabelos,
olhou em meus olhos e começou falar
- Por onde voce for eu sigo
com meu pensamento sempre onde estiver,
em minhas orações eu vou pedir a Deus,
que ilumine os passos seus..."

PERDA

No dicionário ela se caracteriza como:
s.f extravio, privação do que se possuia,
sumiço, dano, prejuizo, ruína, objeto perdido.

Na vida, ainda tento entender como traduzir, mas nenhuma descrição que conheço me satisfaz, porque esqueceram de dizer que dor
também faz parte dessa linguagem,

E a perda de alguma "coisa" pode ser recuperada por "outra" coisa,
mas essa perda que faz doer e eu não conhecia, não se recupera nada,
multiplica a dor a cada momento que passa e vai agregando outras "dores"...
E e o que é a dor?

Bem... P'ro nosso velho portugues e p'ros caras das letras
é "uma sensação mais ou menos aguda que amolesta"...

P'ra mim, dor é tão inexorável quanto a perda, a saudade, ou a própria morte...
Afinal, o que é a morte?
Bem, p'ros caras que "tudo" sabem e colocam no dicionário para facilitar nossas vidas, a morte é "o ato de morrer, o fim da vida, a cessação da vida vegetal ou animal, causa de ruína, e entre outros, o fim"

P'ra mim, morte é...Bem, morte é... Eu não sei ainda, porque parece um troço muito ruím assim que dói, machuca, rasga, dilacera o corpo, o coração e a alma,

Para alguns, a morte é o começo de um novo ciclo de vida, a vida eterna, não sei quais são os mistérios de Deus, mas acredito que haja esse ciclo, porque senão viver não teria sentido, pois essa vida é tão, tão efêmera...

Na verdade, essa perda que tem sinônimo chamado dor e atende por um outro nome que é a morte,
tá fazendo uma confusão danada na minha cabeça...
Porque meu corpo, bem meu corpo está inerte, petrificado, dilacerado, nessa lastimável saudade...